O segmento de mídia exterior não quer mais ser questionado em relação à sua eficiência. Em busca de um mercado mais maduro e da conquista de maiores investimentos, o setor tem se organizado para garantir que os dados comprovem a entrega e assegurem os investimentos.
Fornecer métricas e detalhes de desempenho é quase que regra para a sobrevivência de qualquer mídia atual. É assim que projetos como o Mapa OOH surgem. Com o objetivo de fornecer para as empresas métricas que permitam mensurar a eficácia não só de campanhas individuais, mas do conjunto de alternativas que o anunciante encontra na mídia exterior, a Clear Channel, a JCDecaux e a Otima se uniram em um projeto que segue as Diretrizes Internacionais para a Implantação de Métricas de OOH da Esomar.
Sérgio Viriato, coordenador do Mapa OOH, afirma que a pesquisa é contínua e é repetida a cada semestre. Os primeiros resultados devem ser divulgados até novembro deste ano, o que anima o setor. “Todos os países que fizeram um projeto desse tipo conseguiram comprovar as métricas e aumentar o share de investimentos. Essa foi nossa motivação, porque os anunciantes não podem comprar mídias que não tenham algum tipo de métrica”.
Entre os primeiros resultados colhidos pela Ipsos no país, os meios que têm exposição maior são OOH e TV aberta. Na capital paulista, 88% da população economicamente ativa está exposta ao OOH e 87% à TV aberta. “Isso representa o potencial de audiência do OOH e o quanto as pessoas se movimentam e estão fora de casa, com alta exposição à mídia exterior”, afirma Viriato.
Em janeiro deste ano, o IVC concluiu o primeiro trabalho de auditoria de mídia exterior para a Clear Channel, no Rio de Janeiro. De lá para cá, já são 12 empresas filiadas, como Elemídia, Otima e JCDecaux, entre outras, mais de 10 mil pontos auditorados e 40 mil faces ou telas.
Pedro Silva, presidente do IVC, afirma que, por ser um serviço pioneiro no país, ter acesso a essas informações de audiência trouxe um resultado positivo para o setor. Na parte de planejamento, as agências e anunciantes ganharam praticidade e funcionalidade. “Com recursos tecnológicos, é possível saber em qual ambiente o ponto está localizado, qual o tipo de iluminação, quais as ruas, como ele se posiciona no ambiente em que está, permitindo a checagem a distância. Para a veiculação das campanhas, os dados de veiculação são efetivos, porque sabemos se aquele ponto ficou sem energia ou sem visibilidade por exemplo”, explica Silva.
“Levando essa credibilidade, acredito que a mídia exterior será ainda mais usada. Temos características bem interessantes para os anunciantes, que podem espalhar suas campanhas por pontos de todo o Brasil, ampliando o campo de atuação”, conclui o presidente do IVC.
Fonte: Propmark.
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